O PSD pediu esta sexta-feira a audição urgente, no parlamento, da ex-diretora do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Luísa Maia Gonçalves, sobre os motivos da sua demissão, preocupado com a situação de turbulência no serviço.

“Apesar de se ter demitido”, o PSD não prescinde de ouvir a ex-diretora do SEF e a ministra da Administração Interna “o mais rapidamente possível” porque a situação é de “uma gravidade extrema”, afirmou à Lusa o deputado do PSD Carlos Abreu Amorim.

O Governo, recordou o deputado, justificou a demissão, na quarta-feira, com o incumprimento de objetivos por Luísa Maia Gonçalves, mas o Diário de Notícias acrescentou que existia um mal-estar com a ministra depois de o SEF dar parecer negativo ao projeto para simplificar a lei dos estrangeiros, proposta pelo PCP e BE e aprovado pelos partidos da esquerda, no parlamento.

“Queremos saber que objetivos, como e porquê não foram atingidos. É fundamental” ouvir a diretora do SEF que se demitiu, afirmou ainda.

A comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais aprovou em setembro a audição da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, sobre os problemas no SEF e na entrada nos aeroportos de Lisboa, mas não tem ainda data marcada.

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Carlos Abreu Amorim espera agora que a ministra se disponibilize a ir ao parlamento e que PS, BE e PCP não chumbem a audição de Luísa Maia Gonçalves.

O PSD junta-se, assim, ao CDS no pedido de audição de ex-diretora do SEF, que anunciou há dois dias, quando foi conhecida a demissão de Luísa Maia Gonçalves.

A diretora do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Luísa Maia Gonçalves, apresentou na quarta-feira a sua demissão, na sequência de uma reunião solicitada pela ministra da Administração Interna com a intenção de a exonerar, anunciou o Governo.

De acordo com um comunicado do Ministério da Administração Interna divulgado no dia 04 de outubro, “A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, convocou sexta-feira, dia 04 de outubro, a diretora nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Luísa Maia Gonçalves, para uma reunião com o propósito de lhe comunicar a sua intenção de a exonerar, tendo Luísa Maia Gonçalves apresentado a sua demissão”.

No comunicado, o Ministério da Administração Interna não avança quais foram as razões da demissão.