A República Democrática de Timor-Leste foi a entidade que mais verbas doou para ajudar as vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos. O governo daquele país fez um donativo de 1,25 milhões de euros ao REVITA, o maior dos fundos de apoio às localidades afetadas pelos incêndios que ocorreram em junho deste ano.

Até 30 de Setembro de 2017 tinham aderido ao REVITA 35 entidades, das quais 27 com donativos em dinheiro, seis em espécie de bens móveis não sujeitos a registo e duas em prestações de serviços. Ao todo foram já recebidos pelo Fundo REVITA 3,8 milhões de euros em donativos em dinheiro, de acordo com o primeiro relatório trimestral agora apresentado. De acordo com o relatório, além do governo de Timor, os outros maiores doadores foram o Banco Santander Totta e o Banco Europeu de Investimento — ambos com donativos de 500 mil euros — e o Banco Comercial Português (BCP), que doou 424.485,73 euros.

No âmbito do Fundo REVITA, até ao final de setembro de 2017, entraram em fase de pagamento 16 processos, no valor total de 58.666,74 euros.

O fundo REVITA, a União das Misericórdias Portuguesas/ Fundação Calouste Gulbenkian, a Cáritas de Coimbra, entre outros fundos, também vão intervir num total de 205 casas de primeira habitação. Dessas, 35 já foram reconstruídas, 64 têm obras em execução e duas têm obras consignadas. As restantes estão ainda em fase de avaliação, de projeto, consulta de preço ou adjudicação.

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Dessas 205 casas, 109 são em Pedrógão, 61 são em Castanheira de Pera, 24 em Figueiró dos Vinhos e 11 noutros municípios (Góis, Pampilhosa, Sertã e Penela). O relatório avança ainda que 88 das habitações estão a ser recuperadas pelo REVITA, 41 pela União das Misericórdias Portuguesas/ Fundação Calouste Gulbenkian, 36 pela Cáritas Diocesana de Coimbra, 20 pela SIC Esperança e as restantes por outros fundos.

No final de setembro estava também já autorizado e em fase de processamento o pagamento de subsídios a 363 produtores agrícolas, no valor total 812.712,30 euros.

Os donativos em dinheiro recebidos e geridos pelo REVITA destinam-se, “prioritariamente”, ao apoio às populações, “podendo ser empregues na reconstrução ou reabilitação de habitações; apetrechamento das habitações, designadamente mobiliário, eletrodomésticos e utensílios domésticos; e outras necessidades de apoio devidamente identificadas, desde que não cobertas por medidas de política pública, em vigor ou de caráter extraordinário, dirigidas às áreas e populações afetadas pelos incêndios”, lê-se no relatório de balanço.