Manuela Duarte Neves, coordenadora do Departamento Jurídico da Raríssimas, terá deixado um prejuízo de 144 mil euros na Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) quando exerceu nesta instituição o cargo de secretária-geral. Depois da sua saída compulsiva, em 2015, juntou-se à Raríssimas, tornando-se o braço direito da fundadora da IPSS, Paula Brito e Costa.
A notícia é avançada pelo Jornal de Notícias, que refere uma denúncia da diretora financeira da SPEM, Susana Protásio. Enquanto secretária-geral da instituição, Manuela Duarte Neves, que também era vice-presidente da SPEM, terá pedido a uma farmacêutica que financiasse o doutoramento de uma amiga, que era atriz, e terá ainda pedido avenças a uma empresa de advogados para a qual colaborava.
Além disto, a atual coordenadora jurídica da Raríssimas, que foi ainda adjunta do Governo PSD/CDS entre 2002 e 2004, recebia um ordenado de 2232 euros, apesar de a Direção da SPEM apenas ter aprovado um vencimento de 1300 euros.
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Esta situação, refere Susana Protásio, terá deixado a “zeros a almofada financeira” da SPEM. Manuela Duarte Neves diz estar a ser alvo uma “cabala imoral”: “Estou profundamente chocada com essas denúncias. (…) Essa senhora [Susana Protásio] boicotou a minha gestão e as reuniões de Direção, onde avisei que a saúde financeira da SPEM não estava grande coisa.”