A Procuradora-Geral da República (PGR) , Joana Marques Vidal, revelou esta sexta-feira que foi aberto um inquérito à violação do segredo de justiça, na Operação Lex. Em declarações aos jornalistas à saída do Congresso de Magistrados do Ministério Público, no Funchal, a PGR destacou ainda que o segredo de justiça deve ser “assumido por todos os intervenientes processuais e não só pelo MP”.

Marques Vidal destacou que esta questão “também implica os jornalistas”, destacando que a “comunicação é muito rápida”. Em causa estão as últimas críticas à Operação Lex, pelo facto de alguns meios de comunicação social terem sido avisados das buscas a casa do juiz desembargador Rui Rangel e do presidente do Benfica Luís Filipe Vieira. “Que eu saiba, participaram mais de 100 pessoas”, fez questão de lembrar Marques Vidal, deixando um apelo: “É preciso uma reflexão completa, um compromisso dos intervenientes”.

A PGR disse ainda que o arquivamento do inquérito a Mário Centeno, sobre alegadas vantagens em troca de bilhetes para o Benfica-FC Porto da época passada, foi um “procedimento comum” e que “o Ministério Público atuou respeitando os seus princípios”.

Quando questionada, Marques Vidal recusou comentar o facto de os juízes que estão a ser investigados no âmbito da Operação Lex estarem ainda em funções.

Benfica regista “com satisfação” arquivamento do inquérito a Mário Centeno

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