14 de fevereiro. Nikolas Cruz, 19 anos, assassinou a tiro (com uma espingarda semi-automática AR-15) 17 pessoas, entre estudantes e professores, na Marjory Stoneman Douglas High School, na Florida. No começo do ano, a 5 de janeiro, o FBI recebeu uma chamada que alertava: “Ele vai explodir, sei que vai”. Ele era Nikolas. A chamada foi agora transcrita pelo jornal New York Times.

A polícia federal foi informada na denúncia (a chamada durou 13 minutos) que o atirador da Florida tinha armamento, munições, e poderia “invadir a escola e começar a disparar”, garantindo a fonte da denúncia anónima que Nikolas Cruz sofria de perturbações psicológicas e representava um perigo para os outros. A situação de Nikolas, explicava-se na denúncia, agravara-se aquando da morte da sua mãe, em novembro, utilizando o atirador o dinheiro do seguro de vida para adquirir mais e mais armas. “Vão às contas de Instagram dele e vão ver as armas todas”, concluía a pessoa que fez a denúncia.

FBI admite que ignorou denúncia sobre atirador da Florida

Esta foi a segunda denúncia que o FBI ignorou a propósito de Nikolas Cruz. Também em janeiro, uma primeira mensagem enviada à polícia federal explicava que o atirador da Florida tinha “desejo por matar pessoas, comportamento errático e publicações perturbadoras nas redes sociais”, acrescentando o informador que Nikolas “poderia fazer um tiroteio na escola”.

O FBI veio, a propósito dessa primeira denúncia, dizer que os protocolos não foram seguidos e que, por isso, não foi iniciada qualquer investigação. Sobre a mais recente gravação publicada pelo New York Times o FBI ainda não se pronunciou.

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