O Bloco de Esquerda vai estar por Leiria esta segunda e terça-feira para as jornadas parlamentares e tem marcadas visitas que visam mostrar “a falta de investimento” que existe no país. Pedro Filipe Soares defende que os acordos de esquerda conseguiram algumas melhorias, mas que o caminho ainda está longe de estar concluído e o PSD renovado não faz parte dele. “Não há aqui nenhum novo ciclo.”

Em entrevista à TSF, Pedro Filipe Soares afirma que “Rio tem as mesmas prioridades que Passos Coelho. A questão que se coloca é se o PSD terá consensos novos para políticas velhas ou se as políticas velhas têm de ser ultrapassadas”. Questionado sobre se tem ciúmes da aproximação que Rio tem tentado face ao PS, o líder parlamentar do Bloco garante: “Não somos ciumentos nessa matéria e, nesse contexto, colocamos mais a política do que a forma como ela é feita”. E sublinha “que não há capacidade de diálogo do PSD há dois anos. A questão que se coloca é quem vai ser a muleta para a recuperação do PSD”.

Olhamos com tranquilidade para o debate democrático, mas este PSD não faz parte deste ciclo político”.

Com as jornadas dedicadas a temas como a valorização do território e os direitos e o Estado social, o BE pretende sublinhar a necessidade de aproveitar margens para investir nos serviços públicos e aponta mesmo que “em 2016 e 2017, o Governo ficou abaixo do previsto e comprometido com Bruxelas”, nas metas do défice, e que “houve serviços públicos que não tiveram investimento que deveriam ter e houve quebra do que era expectável na ajuda à economia porque o Governo não investiu como devia ter investido”.

Para o líder da bancada parlamentar do BE, “a realidade tirou o tapete” à lógica austeritária, por isso desafio o Governo a “romper com esse pensamento que ainda tem algumas raízes no Ministério das Finanças”.

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