Mário Centeno, numa entrevista concedida recentemente à Agência de Notícias de Atenas, considerou que os “oito anos de ajustamento” foram “um processo demasiado longo” para a Grécia. Segundo o ministro das Finanças português, se o país tivesse assumido a propriedade das medidas a tomar, como fez nos últimos anos, “poderia ter dado resultados mais cedo”, já que “ganhou a confiança dos investidores e dos parceiros europeus”. Para Centeno, esta tomada de posição por parte do Governo de Atenas também explica “a recuperação do crescimento”.

“Espero que esta tendência permaneça, quero que a Grécia continue a prosperar. Vejo enorme potencial na Grécia”, disse ainda o presidente do Eurogrupo, citado pelo Jornal de Negócios, defendo que a Grécia é hoje “um país diferente”. Uma posição que não deixou Yanis Varoufakis muito contente.

O ex-ministro das Finanças, que abandonou o cargo quando o Governo de Alexis Tsipras decidiu aceitar as exigências  da União Europeia, respondeu a Centeno através do Twitter, questionando-o diretamente sobre as esperanças que tem relativamente à prosperidade do seu país. “Continue a prosperar? Já ouvi falar da expressão ‘acrescentar um insulto à injúria’?”, escreveu Varoufakis na rede social na terça-feira.

Mário Centeno, que partilhou excertos da entrevista à agência de notícias no Twitter, não respondeu ao ex-ministro das Finanças grego.

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