2

Ederson Moraes

Lindelof safou-o de ser o vilão da partida. O Bin Laden da grande área. O Bashar Al-Assad das luvas calçadas. O Ricardo que saiu mal da baliza, permitindo que o Luisão oferecesse um campeonato ao Benf… espera, isso foi noutro jogo. Mal. Esteve mal, pronto.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

AFP/Getty Images

7

Nelson Semedo

Vigoroso, impecável a defender, tentou ajudar no ataque. Grande simulação aos 8 minutos da 1ª parte, em movimento ofensivo, altura em que não tinha dado cabo dos nervos a Bruno César, incapaz de ultrapassá-lo com preceito. Na 2ª parte, desarmou bem o dínamo Podence num lance que poderia ser perigoso.

Getty Images

7

Luisão

Foi fundamental na manobra da equipa, transmitindo a segurança e a vontade do costume. Teve o azar de ter hipnotizado Ederson sem querer, feito invejado por Professores Alexandrinos da nossa praça, e viu o amarelo já no período de descontos, depois de ter feito de Muro de Berlim Instantâneo à frente de Podence.

Getty Images

8

Lindelöf

Passou por um calafrio quando chutou contra Alan numa zona desaconselhável do terreno, mas esteve exímio a defender durante o jogo. Tirou da cartola uma extraordinária MOAB em forma de livre direto. Arrasou com a vantagem do Sporting e com as esperanças do FC Porto (maldição), sem sequer consultar as Nações Unidas

Getty Images

6

Grimaldo

Viu-se frente a Gelson mas nunca perdeu a moral, sobretudo quando passou a ter a ajuda de Cervi. Também tentou ajudar a equipa no ataque e poderá ter sofrido falta para penalty por parte de Schelotto. Se a justiça de Soares Dias tivesse apontado para a marca da grande penalidade, ninguém poderia ficar estarrecido.

AFP/Getty Images

7

Fejsa

Não se dá por ele mas está sempre lá. Graças ao bom arranque do Sporting, foi encostado aos centrais da própria equipa mas com o tempo recuperou a posição natural de seca-adversários. Para vem dos Balcãs, é bastante subtil e sereno. Varre a zona intermediária do Benfica sem alarido, optando pela limpeza mental.

Getty Images

8

Pizzi

Carrega a equipa para a frente, recupera bolas, encontra espaços em movimentos pendulares. Andou pelos terrenos de Adrien mas transportou mais perigo. Pizzi é uma ameaça: assume tão facilmente o papel de 2 jogadores no mesmo lance que pode levar à criação de excedentários no plantel.

AFP/Getty Images

5

Salvio

Teve poucas condições para brilhar e pouco espaço para exibir a técnica num jogo que teve muito de repelão e pontapé para a frente. E lançamentos laterais. Tentou rematar à baliza do Sporting na 1ª parte mas saiu-lhe um pontapé à All Blacks. No 2º tempo, sofreu a falta que deu origem ao golo do Benfica.

AFP/Getty Images

2

Carrillo

Podia ter-se sentido motivado por regressar ao relvado do seu antigo clube mas, tal como Bartleby, preferiu não o fazer. Entrou aos 73 minutos para o lugar de Salvio mas sem vantagem que se visse.

Getty Images

6

Cervi

Andou perdido no início do jogo mas as mudanças de funções acabaram por favorecê-lo. Perdeu uma bola perigosa para Schelotto na 1ª parte mas a troca de posição com Rafa na zona de ataque fez-lhe bem. No 2º tempo, foi chamado a ajudar a defesa, nomeadamente a zona defendida por Grimaldo, e cumpriu com distinção.

Getty Images

4

Rafa

Quase inofensivo, melhorou um pouco com a troca de posição ainda durante a 1ª parte. O seu grande momento de protagonismo no jogo envolveu a sua própria garganta magoada, situação que lhe valeu um grande plano do realizador. Desperdiçou um bom passe de Cervi e não deixou saudades quando foi substituído por Jimenez

AFP/Getty Images

3

Raul Jimenez

O avançado mexicano entrou para o lugar de Mitroglou e, nesse sentido, cumpriu. Ou seja, mal se deu por ele. Acertou mal na bola na sequência de um livre bem marcado e ainda conseguiu ver um dos poucos amarelos mostrados neste derby.

Getty Images

4

Mitroglou

O melhor goleador do Benfica passou ao lado do jogo. Tal como o Tsipras, prometia muito mas acabou enredado nas malhas da troika Coates-Oliveira-William. Foi bem servido por Pizzi mas não aproveitou. Foi substituído por Filipe Augusto numa altura em que era importante segurar o empate e a liderança do campeonato.

AFP/Getty Images

5

Filipe Augusto

Entrou nos últimos minutos para emparelhar com Fejsa e cumpriu sem problemas. O mínimo que se pode pedir a alguém baptizado a partir de Octaviano. Pelo meio do terreno o Sporting acabaria por não criar mais perigo.

Miguel A. Lopes/LUSA

7

Rui Patrício

Cumpriu com a categoria habitual. Excelente defesa a um livre de Grimaldo e defesa segura a um remate de Mitroglou. Ainda impediu um auto-golo na 2ª parte, depois de ter caído de joelhos perante o remate indefensável de Lindelof. Fez lembrar quando posou com uma nossa senhora na 1ª página de um desportivo.

AFP/Getty Images

5

Schelotto

Cumpriu o suficiente a defender e tentou empurrar a equipa para o ataque, sobretudo durante a 1ª parte. Tem um jeito espasmódico de progredir no terreno – há quem veja nisso empreendedorismo, credo – e na segunda metade já não tinha pernas. Conhecido como “o galgo” talvez devesse ser conhecido como “o precoce”.

AFP/Getty Images

7

Coates

Muito seguro na defesa, fartou-se de ganhar bolas, sobretudo usando a cabeça. Quer dizer, quem se posiciona tão bem demonstra que a cabeça não é apenas um lugar onde se acumula cabelo. Garante da paz, foi uma espécie de Leviatã hobbesiano, sobretudo no momento em que cortou um remate perigoso de Pizzi.

AFP/Getty Images

7

Paulo Oliveira

A entrada na equipa foi surpreendente. Apesar de ter falhado o corte a um lançamento perigoso de Luisão, ainda na 1ª parte, esteve impecável a defender com o semblante de alguém que poderia estar nas Vinhas da Ira a cavar uma valeta. Rosto afiado, suor abundante, resignação sem perda de brio. Um Tom Joad mansinho.

Getty Images

5

Jefferson

Sofre da sofreguidão empreendedora de Schelotto. O corpo é que paga. Intenso na 1ª metade do encontro, foi perdendo gás e discernimento na 2ª. Não fez disparates mas as subidas pelo corredor esquerdo também não deslumbraram. Quando se diz que as equipas não foram além de um empate, poder-se-ia dizer “Jefferson”.

Getty Images

7

William Carvalho

Fundamental na recuperação e circulação de bola no meio-campo do Sporting. Combinou muito bem com Adrien e com Alan Ruíz e conseguiu ser imperial em muitas ocasiões. Noutras, parecia tê-la bebido, à imperial, como naquele momento em que ia fazendo auto-golo num lance inofensivo.

Getty Images

8

Adrien Silva

Pulmão incansável do meio-campo, pautou o jogo da equipa, marcou o penálti de forma irrepreensível, secou Pizzi durante os primeiros minutos. Aliás, Adrien e Pizzi viveram em união de facto durante boa parte do jogo. Foi fundamental no excelente arranque da equipa na 2ª parte, antes da MOAB Lindelof que mudou tudo

Getty Images

7

Gelson Martins

É um sinónimo de plenos pulmões, desequilíbrios e drible fácil. Fez um túnel a Grimaldo para cuja inauguração também deveria ter sido convidado José Sócrates. Túnel à escala do Marão e finta sobre o desgraçado, que só respirou de alívio quando viu Gelson agarrado à perna em sinal de fadiga. Saiu esgotado aos 86′.

AFP/Getty Images

2

Joel Campbell

Entrou em jogo, o que foi uma óptima notícia para Grimaldo e companhia. Inofensivo.

AFP/Getty Images

7

Alan Ruiz

Foi estreia a titular num derby e não se ressentiu. Quem pratica futebol na Argentina chega preparado para enfrentar um ambiente hostil, de Alvalade à Luz, passando por Molenbeek. Encaixou entre os médios do Benfica, entrosou-se na perfeição com William e Adrien e viu amarelo por sair à velocidade do soft Brexit.

AFP/Getty Images

4

Bryan Ruiz

Entrou e o Benfica marcou. Condicionado por esse nexo causal, por esse bater de asas de Lindelof, Bryan Ruiz não conseguiu ser o tufão que poderia ter dado alguma vantagem ao Sporting. Nunca teve bola. Quando não se tem bola é mais dificil tratá-la bem. Nexo causal atrás de nexo causal.

AFP/Getty Images

5

Bruno César

Há sempre qualquer coisa que está para acontecer, que devia perceber. Bruno César foi o mais parecido com uma canção de José Mário Branco. Tem vontade, está cheio de determinação, mas nem sempre resolve da melhor maneira. Cansou-se muito na 1ª parte. Se fosse o Freitas Lobo, diria que ele gere mal o esforço.

AFP/Getty Images

6

Bas Dost

Ganhou o lance que deu origem ao penalty, mostrando mais velocidade de pernas que esperado. Cabeceou mal (outra originalidade inesperada) em resposta a um cruzamento de Adrien. Servido por Gelson uns minutos depois, rematou contra o próprio pé e a bola saiu pela linha de fundo. Pode agradecer a Ederson a nota.

PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP/Getty Images

4

Podence

Rendeu Bruno César aos 79 minutos e teve um par de arrancadas que demonstram talento e atrevimento, mesmo num ambiente tenso e de responsabilidade como o de um derby. Agora só falta que alguém lhe explique no treino que existe uma coisa em futebol chamada “passe”.

Getty Images