Em Viseu, bastião social-democrata, a Aliança Portugal teve casa cheia para voltar a condenar as políticas socialistas do anterior governo, com Paulo Rangel a dizer que “a bancarrota de Sócrates fragilizou Portugal na Europa” e o euro como um todo. Já Nuno Melo atacou Seguro dizendo que quando se transformam europeias em eleições legislativa “não só se desprestigia o que está em causa, como se mostra que não se está à altura de liderar um governo”.

Paulo Rangel diz que tem sido acusado de falar muito em Sócrates e pouco em Europa e no jantar desta segunda-feira, respondeu: “A bancarrota de Sócrates fragilizou Portugal na Europa. Fragilizou uma moeda que é nossa e por isso falar de Sócrates é falar da Europa”. O eurodeputado lembrou a sua experiência nos últimos anos no Parlamento Europeu, afirmando que os portugueses graças ao resgate ficaram “sem prestígio, sem crédito” em Bruxelas.

Nuno Melo diz que é “inqualificável” o que está a acontecer nestas europeias, com o PS a apresentar 80 medidas para o país em que “não há uma única medida entre as 80 que tenha a ver com a Europa”. O eurodeputado do CDS disse que o PS está a desprestigiar estas eleições e que Seguro deveria estar consciente que mesmo que ganhe, no dia seguinte “não vai ser primeiro-ministro”. “A troika saiu, Sócrates voltou, as promessas começaram no dia seguinte”, sublinhou.

O entusiasmo chegou quando Ruas falou

O segredo para Viseu ser a melhor cidade do país para viver? “Aqui os socialistas nunca meteram a mão”. À vontade e comovido na cidade que liderou durante 24 anos, Fernando Ruas foi a estrela do jantar em Viseu. Sem grande entusiasmo inicial, com poucas bandeiras e poucos aplausos, quando o candidato número dois da Aliança Portugal subiu ao palco, a sala mudou de figura. Ruas disse que quer ser o candidato de proximidade, de defesa do interior e promete continuar a fazer política “com o coração” em Bruxelas.

O ex-autarca diz que não está preocupado com a comparação com grande nomes da lista adversária porque quer ser o eurodeputado que sabe distinguir “uma cerejeira de um carvalho” e por isso é que defende a equiparação dos territórios de baixa densidade ao das regiões ultra-periféricas – que fazem com que as regiões europeias tenham direito a mais fundos Europeus”.

Contra as auto-estradas e construções no interior diz não ter nada a apontar, a não ser quando se fazem a partir do desperdício, sem concretizar os projectos necessários. “Andaram a plantar autoestradas umas ao lado das outras, se as tivessem feito com rigor tinham o nosso aplauso”, afirmou.

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