A atividade económica voltou a melhorar em março, para o seu melhor registo desde agosto de 2010, mas os sinais no curto prazo não parecem ser os melhores, já que setores como os serviços, construção e obras públicas e indústria sofreram quedas mensais.
Tanto a atividade económica como o clima económico continuam a recuperar depois das sucessivas quedas mensais que se verificaram durante o período mais agudo da crise na zona euro, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A atividade económica aumentou em março para o nível máximo desde agosto de 2010 e o indicador de clima económico recuperou ligeiramente em abril, para o valor mais alto desde outubro de 2010. Estes indicadores são medidos com base em médias móveis de três meses.
No entanto, o INE aponta para os resultados mais de curto prazo e, neste aspecto, o cenário é diferente. Serviços, construção e obras públicas e indústria caíram em março, quando se compara com o mesmo mês do ano passado.
As exportações, que sofreram um abrandamento em março, teriam registado uma queda de 1,3% em termos homólogos caso se tenha em consideração apenas o valor do mês de março e não as médias móveis de três meses.
Por outro lado, o consumo privado teve o seu crescimento homólogo mais expressivo em março, com uma recuperação particularmente expressiva do consumo de bens duradouros, uma das classes que mais sofreu durante o período mais agudo da crise na zona euro.
Recentemente, o INE divulgou a primeira estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano e o resultado surpreendeu muitos analistas ao revelar uma queda de 0,7% face ao último trimestre do ano passado. O Governo justificou esta queda com fatores irrepetíveis, como a paragem de 45 dias da refinaria da Galp e de alguns dias na Autoeuropa.
Em termos homólogos, o PIB terá crescido 1,2% no primeiro trimestre do ano.