O casal que matou três pessoas, entre as quais dois polícias, antes de se suicidar, no domingo, em Las Vegas, estava ligado ao movimento racista branco e considerava as forças da ordem como “opressores”, informou fonte policial. Depois de terem abatido os agentes Alyn Beck e Igor Soldo numa pizaria, Jerad e Amanda Miller colocaram uma bandeira com a divisa “Don’t tread on me” (“Não Me Pisem”), símbolo da guerra da independência nos EUA, em cima de um dos cadáveres.
Depois, “colocaram uma cruz gamada em cima de um corpo”, pormenorizou o xerife adjunto, Kevin McMahill, durante uma conferência de imprensa. Jerad Miller “juntou uma nota sobre o corpo do agente Soldo, na qual escreveu que estava em curso uma revolução”. O casal dirigiu-se posteriormente a um supermercado, onde matou um cliente, antes de se suicidar. Para Jerad e Amanda Miller, os polícias eram “opressores”, adiantou ainda McMahill.
E, apesar de o inquérito ainda estar a decorrer, “não há qualquer dúvida quanto ao facto de os suspeitos se reclamarem de uma ideologia ligada aos supremacistas brancos”. Os tiroteios mortíferos são um fenómeno recorrente nos EUA, com os exemplos a irem do liceu de Columbine (13 mortos, em 1999) ou do campus universitário de Virginia Tech (32 mortos, em 2007), à escola Sandy Hook, de Newtown (26 mortos, dos quais 20 crianças, em 2012) ou a um cinema perto de Denver (12 mortos, em 2012), passando por um edifício da Marinha em Washington (13 mortos).