Esta sexta-feira, 13, a Terra será atingida por uma tempestade solar, o que poderá provocar perturbações nos sistemas de comunicações – mas não terá outras consequências para a vida no planeta.
Nos últimos dois dias houve registo de três erupções do tipo X na superfície solar. Este tipo de erupções são as maiores e mais fortes da escala das erupções solares, com uma força 10 mil vezes superior às habituais erupções solares, que são classificadas ainda em outros quatro níveis de intensidade.
Associadas a estas erupções estão ejeções maciças de matéria gasosa da coroa solar, que originam ondas de choque magnéticas. Assim, esta sexta-feira, 13 de junho, prevê-se que se possam dar alterações momentâneas no campo magnético do planeta, isto é, uma pequena tempestade geomagnética.
Segundo a NASA, uma vez que estas erupções solares não conseguem penetrar na atmosfera terrestre, o máximo que se pode esperar é que ocorram perturbações nos sinais de rádio e de GPS, que viajam na ionosfera. Além disso, são esperadas auroras nas regiões de latitudes mais altas.
Não será o caso desta vez, mas as ejeções maciças provenientes da coroa solar podem ter consequências de grande magnitude nos sistemas eléctricos e electrónicos do planeta Terra. Graças a elas, já por diversas vezes houve apagões em várias regiões do mundo, bem como falhas nos sistemas de satélite e de comunicações. Uma das tempestades mais graves deu-se em 1859, ano em que até em Cuba foi possível avistar auroras – típicas dos países do Norte.
Segundo alguns especialistas, se uma tempestade da magnitude da de 1859 ocorresse hoje, o “mundo moderno ficaria devastado”, pode ler-se na National Geographic, que lembra que atualmente o planeta vive num “casulo” tecnológico, em que até a compra de gasolina com cartão multibanco implica comunicações de satélite.