José Pedro Aguiar Branco foi hoje a Cabanes, numa área florestal de Vila Pouca de Aguiar, onde alguns militares do Exército Português estão a abrir faixas de corta-fogos e a fazer a limpeza e beneficiação de caminhos florestais. As operações decorrem no âmbito do Plano Faunos, lançado este ano e que envolve os ministérios da Defesa e da Agricultura, na prevenção dos incêndios florestais.
“Este é um combate sem fim sempre. Nós podemos minimizar aquilo que acontece, é esse o objetivo. Ano para ano os recursos empenhados são de melhor qualidade, são melhor preparados, são em maior número, portanto significa que há uma persistente estratégia de combater esta chaga”, afirmou o ministro.
Aguiar Branco fez questão de vir ao terreno “dar visibilidade” ao trabalho que tem sido feito pelo Exército que referiu que está “também a fazer defesa nacional” ao ajudar no combate aos fogos florestais. “O objetivo é sempre minimizarmos esses riscos”, sublinhou.
Por isso mesmo, salientou a importância de a capacidade de resposta ser “sempre reforçada e melhorada e, sobretudo, mostrar o “bom exemplo” aqui dado de “coordenação de articulação” entre os vários ministérios para “fazer melhor” quer na fase de prevenção, quer na vigilância, combate ou rescaldo.
O ministro lembrou que se está a entrar na fase Charlie, que corresponde a um maior risco de ocorrência de incêndios, e salientou a missão de interesse público e de proteção das populações e património que está a ser desenvolvida pelas Forças Armadas.
O Plano Faunos representa um investimento de 750 mil euros, que são pagos pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e aplicados em despesas com combustíveis e material.
Segundo o tenente-coronel Vale do Couto, o plano envolve cerca de 170 militares nas duas fases de intervenção, a primeira na prevenção dos incêndios e depois na vigilância dos espaços florestais e sensibilização das populações.
Para a abertura dos corta-fogos, que visam travar a propagação de grandes fogos, e beneficiação dos caminhos foram afetados 50 militares, das três unidades de Engenharia Militar, que vão intervencionar cerca de 250 quilómetros.
O ministro Aguiar Branco referiu ainda que muitos do equipamentos que estão a ser usados nestas intervenções foram também usados no Líbano, no âmbito das missões realizadas pelas Forças Armadas.