Os corpos dos três jovens israelitas que estavam desaparecidos há duas semanas foram encontrados esta segunda-feira a norte de Hebron, na Cisjordânia. Mal foi conhecida a notícia, o Governo de Benjamin Netanyahu convocou para o início da noite uma reunião urgente do Conselho de Segurança para decidir que resposta a dar contra o grupo islamita palestiniano Hamas, que responsabilizou pela morte dos jovens. A resposta foi clara: “o Hamas vai pagar”, garantiu o primeiro-ministro israelita.

“Esta noite Israel está completamente unido a fazer luto pelos três adolescentes que foram brutalmente assassinados pelos terroristas do Hamas”, disse Mark Regev, porta-voz do primeiro-ministro israelita, citado pela CNN. “O Hamas voltou a mostrar-nos aquilo que realmente é: uma organização brutalmente terrorista que não tem quaisquer escrúpulos no que toca a raptar e matar crianças e jovens, como é o caso”, acrescentou. Sami Abu Zuhri, porta-voz do Hamas, já reagiu às palavras de Netanyahu. Considerou “pateta” o discurso do primeiro-ministro israelita e deixou um aviso: se Netanyahu “levar a guerra para Gaza, os portões do Inferno abrir-se-ão para ele”.

Os três adolescentes (Eyal Yifrah, de 19 anos, Gilad Shaer, de 16 anos e Naftali Fraenkel, também de 16 anos) desapareceram a 12 de junho nos arredores de Hebron. Quando foram encontrados tinham as mãos atadas e tudo indica que os jovens foram mortos pouco depois de serem raptados num local onde é habitual ver militares e civis pedir boleia, algo que é comum entre israelitas que se querem deslocar entre colonatos no território ocupado da Cisjordânia.

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