O descarrilamento de uma composição do Metro de Lisboa que estava a fazer inversão de marcha na estação do Aeroporto, num dos extremos da Linha Vermelha, provocou hoje ferimentos no maquinista. O acidente, que ocorreu às 12h33, foi confirmado em comunicado pelo Metro de Lisboa. “O comboio encontrava-se em zona de manobra pelo que não levava passageiros”, diz o Metro.

A circulação na linha vermelha, que tem estado impedida desde essa altura, foi retomada às 16h15, quatro horas depois do acidente.

Segundo uma fonte da polícia contactada pela Agência Lusa, o comboio “não conseguiu parar a tempo e embateu na parede”. O acidente provocou um ferido ligeiro, um homem de 42 anos, “com suspeita de fratura num punho e diversas escoriações”. O homem foi levado para o Hospital de São José.

“Trata-se de uma situação que não poderia ocorrer em exploração, uma vez que os sistemas e normas de segurança em exploração não o permitiriam e o sistema de travagem atuaria de imediato”, explica o Metro em comunicado, acrescentando que o comboio em questão “já tinha ativo o sistema de freios eletromagnéticos”.

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Em maio o jornal i tinha noticiado que o Metro de Lisboa estava há dois anos sem travões de emergência em todos os seus veículos devido a uma falha nos freios eletromagnéticos, que tinha obrigado à desativação daquele sistema de travagem. Mas segundo a empresa, o comboio que hoje embateu na parede já tinha sido intervencionado no sentido de ativar aquele sistema.

No local estiveram uma ambulância e uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER) do INEM, bem como, segundo fonte dos Sapadores Bombeiros de Lisboa, três viaturas deste regimento com 10 operacionais.

O Metro de Lisboa abriu um inquérito para apurar as causas do acidente.