O Ministério Público deduziu acusação contra três elementos do departamento Financeiro, Mercados e Estudos do BES, por abuso de informação, um caso que remonta a janeiro de 2008.

Segundo a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, os três funcionários do BES fizeram operações com ações da EDP, tendo tido como contrapartes a BES-Vida e o Crédit Suisse, nos dias 23, 24, 29, 30 e 31 de janeiro de 2008, para a carteira própria do banco.

Estas operações foram feitas com base em informação privilegiada que os elementos obtiveram sobre a EDP e isso permitiu ter uma mais-valia nessas operações de quase seis milhões de euros.

“Nos termos da acusação foi reunida prova de que tais operações assentaram em conhecimento de informação privilegiada relativa à EDP, a qual apenas viria a ser tornada pública após o fecho de mercado bolsista no dia 28.1.2008. Nos termos da acusação foram obtidas mais-valias para a carteira própria do BES no valor de 5.951.400 euros, com a prática do ilícito, razão pela qual o Ministério Público requer que esse montante seja declarado perdido a favor do Estado, nos termos do disposto no art.º 380º-A, do Código dos Valores Mobiliários”, diz a PGDL.

A PGDL adianta que foram arquivados ainda os autos contra dois administradores com assento na comissão executiva do BES – José Maria Ricciardi e Amílcar Morais Pires – à data dos factos, “por se considerar inexistirem indícios suficientes da sua participação nos factos que constam da acusação”.

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