Os dados da Associação de Hotelaria de Portugal(AHP) revelam bastantes melhorias em relação ao ano passado. A taxa de ocupação por quarto subiu 72,02% em junho, tendo o primeiro semestre deste ano sido positivo.

Em Portugal, o preço médio por quarto ocupado fixou-se em 69,40 euros, os dados são do AHP Tourism Monitor, o que representa uma descida de 2,5%, também o preço médio por quarto caiu 0,44% fixando-se em 49,98 euros, face a junho do ano passado. No total as receitas por quarto disponível aumentaram 3,54% sendo de 75,78 euros em junho.

Os destinos preferidos pelos turistas foram Lisboa (80,5%), Madeira (79,36%) e Grande Porto (74,9%). Os destinos mais caros, isto é com um preço médio por quarto mais elevado são Lisboa (82,66 euros), Estoril (78,41 euros) e Algarve (72,63 euros).

Ao contrário da média nacional, Lisboa registou uma variação negativa de 9,34% no preço face a junho de 2013 que pode ser justificada peça perda de alguns eventos.“No ano passado, o Congresso dos Rotários que se realizou na capital portuguesa em junho puxou o preço para cima. Este ano, no mesmo mês, não tivemos nenhum evento da mesma dimensão, razão para a queda significativa no RevPar (receita por quarto disponível), decorrente da forte descida do preço médio por quarto ocupado. Isto demonstra a grande importância que os eventos continuam a ter para Lisboa e para Portugal”, justifica a presidente da direção executiva da AHP, Cristina Siza Vieira.

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No total desde o início do ano até junho houve um crescimento de 2,95 pontos percentuais na taxa de ocupação por quarto, fixando-se nos 56,7%. O RevPar  fixou-se em 35,82 euros e o TrevPar (rendimento por quarto disponível) foi de 54,39 euros, representando um aumento, face ao ano anterior, de 7,37% e 8,05%, respetivamente.

“Os resultados deste primeiro semestre são positivos. Houve um crescimento claro dos indicadores da hotelaria, face ao ano anterior, pelo que estamos no bom caminho”, acrescentou a responsável. Cristina Siza Vieira reconhece que ainda há “muito que fazer” uma vez que “um RevPar de 35,82 euros em Portugal, uma taxa de ocupação que deixa 40% dos quartos vazios e as acentuadas assimetrias regionais”.

Os portugueses voltaram a fazer parte dos hóspedes representando 42%, enquanto 58% foram estrangeiros. Como principal motivação das dormidas está o lazer, recreio e férias com 80%, enquanto a motivação negócios/profissionais chegaram aos 15%.