Segundo explicou à Lusa, “não há um prazo estabelecido para a avaliação do projeto de prospeto”, ou seja, “só a partir do momento em que a CMVM considerar que toda a documentação necessária foi enviada e a informação estiver completa é que [o regulador] tem oito dias para aprovar a OPA”.

A 19 de agosto, a Ángeles anunciou o lançamento de uma OPA voluntária sobre o capital da ESS, oferecendo 4,30 euros por cada ação.

Os 4,30 euros que o grupo oferece por cada ação da ESS, incorporam um prémio de 9,05% por cada título, em relação ao último preço de negociação das ações do dia 19 de agosto (3,943 euros), avaliando a empresa em 410,8 milhões de euros.

A ESS entrou em bolsa a 12 de fevereiro, com um preço de 3,20 euros por ação, tendo valorizado 23% desde então para os 3,943 euros – o valor mais alto de sempre a que negociava na terça-feira, quando a negociação foi suspensa pelo regulador antes do anúncio da OPA.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O grupo mexicano condiciona a oferta a um conjunto de condições, nomeadamente a aquisição de “um número de ações representativas de, pelo menos, 50,01% do capital social” da ESS.

A ESS é dona, entre outros ativos, do Hospital da Luz, em Lisboa, e gere, em regime de Parceria Público-Privada, o Hospital de Loures.

A ESS é atualmente detida maioritariamente pela Rioforte, empresa do Grupo Espírito Santo (GES) que, a pedido da própria, se encontra sob gestão controlada pelo Tribunal do Comércio do Luxemburgo desde o dia 29 de julho de 2014.

O lucro da ESS subiu 44,3% no primeiro semestre deste ano, face a igual período do ano passado, para 8,7 milhões de euros.