Mathew Martoma, que trabalhou para a companhia de gestão de ativos de risco elevado Steven A. Cohen (SAC), foi sentenciado na segunda-feira a nove anos de prisão pelo seu envolvimento naquele que está a ser descrito como o mais lucrativo esquema de abuso de informação privilegiada da história dos EUA.

Martoma, de 40 anos, já tinha sido condenado em fevereiro por tráfico de ações e informações privilegiadas em duas empresas do ramo farmacêutico, que terão ajudado a Steven A. Cohen a ganhar mais de 275 milhões de dólares. De acordo com a acusação, a fraude baseava-se na venda de dicas e informações que Martoma recebia relacionadas com testes a um medicamento contra o Alzheimer.

“Não posso ignorar que o ganho foi de centenas de milhões de dólares, muito mais do que alguma vez visto numa acusação de abuso de informações”, disse o juiz Paul Gardephe.

A verdade é que, nos casos de fraude, as perdas ou os lucros para a empresa assumem um papel determinante na decisão das penas, pelo que, segundo o juiz, nem uma sentença de 20 anos de prisão “seria suficiente num caso como este”.

A sentença, que é uma das mais duras alguma vez aplicada a crimes deste tipo, surge três anos depois de as autoridades terem pressionado o ex-gestor a entregar o seu chefe, Steven A. Cohen. “Há um lado negro no sue caráter”, disse o juiz do tribunal de Manhattan na segunda-feira, quando lia a sentença.

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