São 20 histórias de casais que se juntaram, esta manhã, numa mais: o Papa Francisco celebrou 20 casamentos na Basílica de São Pedro, numa cerimónia rara na história dos papas. Apenas João Paulo II o tinha feito até hoje, durante o Jubileu da Família em outubro de 2000.

Desta vez, Francisco quis deixar um novo sinal de abertura. Chamou para a cerimónia casais com histórias particulares, como uma senhora de cerca de 50 anos e seu noivo, que foram já pais e viram o seu primeiro matrimónio anulado. Há mais noivos que estão juntos há anos, sem terem passado antes pelo altar, assim como jovens desempregados que lutam por uma vida melhor. “São casais como tantos outros”, lê-se na nota de imprensa do Vaticano. Agora, porém, são casais abençoados pelo Papa Francisco — que já enquanto arcebispo de Buenos Aires tinha celebrado casamentos a casais com filhos fora do matrimónio.

“A família é o primeiro lugar onde se formam as pessoas”, disse o Papa durante a cerimónia, defendendo que é “incalculável” a força e a ajuda recíproca dentro de uma família. “É normal que os casais se desentendam, mas nunca devem terminar o dia sem fazer as pazes”, sugeriu.

“O amor de Cristo restitui aos esposos a alegria de caminharem juntos. O matrimónio é mesmo isso: o caminho de um homem e mulher juntos, em que o homem tem a obrigação de ajudar a mulher a ser mais mulher, e a mulher tem a obrigação de ajudar o marido a ser mais homem. É esta a obrigação que tendes uns para com os outros. Amo-te, por isso faço com que sejas mais mulher; amo-te, por isso faço com que sejas mais homem. É a reciprocidade da diferença”, sublinhou o Papa, citado aqui pela Renascença.

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