O Presidente francês considerou que uma eventual independência da Escócia, que será decidida em referendo, pode pôr em risco o “projeto europeu”, abrindo a porta “ao egoísmo, ao populismo e ao separatismo”. “Se o projeto europeu se diluir, a porta ficará aberta ao egoísmo, ao populismo e ao separatismo”, disse François Hollande.

Dirigindo-se especificamente à Escócia, o chefe de Estado francês vincou: “Quem pode dizer qual será o resultado deste referendo, que pode decidir o futuro do Reino Unido, mas também da Europa?”. Defendendo “uma Europa a várias velocidades, em que o eixo franco-alemão é o motor”, François Hollande sublinhou que a União Europeia deve proceder a uma “reorientação” no sentido de “uma verdadeira política de crescimento e emprego”.

O referendo da Escócia acontece na véspera de o parlamento regional de Barcelona aprovar uma nova lei de consultas populares, que servirá de base legislativa para uma consulta, não autorizada por Madrid, sobre a independência da região espanhola da Catalunha, agendado para 9 de novembro. Cerca de 4,3 milhões de eleitores escoceses decidem em referendo, se querem permanecer no Reino Unido ou a independência da Escócia, o que poria fim a uma união política com mais de três séculos.

Os três principais partidos britânicos – trabalhistas, conservadores e liberais democratas – puseram de lado as diferenças políticas para se unirem na campanha pela permanência da Escócia no Reino Unido, tendo prometido transferir mais poderes, caso a independência seja rejeitada. Do outro lado, o Partido Nacionalista Escocês, apoiado pelos verdes e por diversas organizações cívicas e sindicais, fez campanha a favor da criação de um país independente, reclamando que será “mais justo e mais próspero”.

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