Os pilotos da Air France, em greve há oito dias, rejeitaram hoje uma “última” proposta da administração da companhia de suspender provisoriamente o projeto de desenvolvimento da filial de ‘low cost’ Transavia, na origem do conflito.

O principal sindicato dos pilotos da Air France, o SNPL, considerou que a suspensão anunciada não passa de “uma cortina de fumo” que “não resolve qualquer problema”.

Numa entrevista ao jornal Le Monde, o presidente do grupo AF-KLM, Alexandre de Juniac, apresentou hoje o projeto de suspensão da Transavia na Europa como “última proposta” para pôr fim a uma greve “infundada”.

“Essa provocação, após oito dias de greve e alertas sobre ameaças de recurso a serviços externos e deslocalização (…) é inaceitável”, afirmou o sindicato.

Os pilotos da Air France receiam que a expansão da companhia de baixo custo leve a uma deterioração das suas condições de trabalho.

Esta greve da Air France é a mais longa desde 1998 e, segundo a administração, os prejuízos “podem chegar a 20 milhões de euros por dia”.

A companhia prevê uma ligeira melhoria da situação na terça-feira, devendo assegurar 48% dos voos, contra apenas 42% hoje.

No sábado, o SNPL anunciou que a greve se prolongaria até à próxima sexta-feira, sem excluir um novo prolongamento se a situação se mantiver.

Um outro sindicato dos pilotos, o Spaf, tem um pré-aviso de greve até quarta-feira.

O grupo AF-KLM anunciou que quer aumentar a frota da Transavia de 14 para 37 aviões e abrir novas bases na Europa a partir de 2015, podendo os pilotos ficar com contratos locais.

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