Maria de Belém, presidente do PS e secretária-geral interina do partido, desconvocou a reunião da Comissão Nacional do partido que estava a agendada para terça-feira marcou-a para 14 de outubro. Ou seja, as eleições diretas apenas deverão ocorrer no final de novembro, face ao prazo mínimo de 45 dias de antecedência que a dirigente deve respeitar para convocar o sufrágio que deverá oficializar António Costa como o novo secretário-geral dos socialistas.

No domingo, após a realização das diretas que viram Costa derrotar António José Seguro, a presidente do PS disse que iria tentar concluir o processo “no mais curto espaço de tempo possível”, ressalvando que as regras e prazos previstos nos estatutos do PS seriam “rigorosamente” cumpridos. “Funcionarão os estatutos. Tudo está previsto, estejam tranquilos”, sublinhou.

Como tal, e tendo em conta a data — 14 de outubro, um dia antes do prazo para a entrega no Parlamento da proposta de Orçamento do Estado para 2015 — para a realização da comissão nacional, os estatutos do PS preveem que a convocatória das eleições diretas (que elegerão o secretário-geral do partido e os delegados do congresso), deve respeitar um prazo mínimo de 45 dias de antecedência. Logo, e caso a data da comissão se confirme, as eleições, na melhor das hipóteses, apenas ocorreriam a 28 de novembro.

Aí, com António Costa eleito, faltaria concretizar o congresso do partido que, por sua vez, terá lugar 15 dias após as diretas. E só 10 dias depois é que tomariam posse os novos órgãos do partido. Contas feitas, e caso todos os prazos se venham a cumprir, Costa apenas se tornará formalmente no novo secretário-geral do partido a meio de dezembro, logo após a realização do congresso.

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