Os candidatos Aécio Neves e Marina Silva, os principais rivais de Dilma Rousseff nas eleições presidenciais que decorrem no Brasil neste domingo, afirmaram estar confiantes na passagem à segunda volta da corrida presidencial. Em Belo Horizonte, o senador Aécio Neves, candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), assegurou, depois de votar, que se sentia “confiante” na sua passagem à segunda volta das eleições presidenciais, acrescentando que se isso acontecer “não será surpreendente”.

Neves figurava no terceiro lugar nas intenções de voto, mas as últimas sondagens, divulgadas no sábado, atribuíram ao candidato do PSDB uns pontos de vantagem sobre a ambientalista Marina Silva, que era dada como a principal rival da Presidente cessante e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, numa possível segunda volta. “Vejo isso com muita naturalidade e não parece surpreendente”, afirmou.

Em Rio Branco, no Estado amazónico do Acre, Marina Silva, candidata do Partido Socialista Brasileiro (PSB), também afirmou estar confiante de que irá disputar a segunda volta com Rousseff. “Estou confiante de que estarei na segunda volta, se Deus e se o povo brasileiro assim o quiserem”, declarou a ambientalista depois de votar.

Apesar das últimas sondagens, Marina Silva afirmou que “o desejo de mudança [do povo brasileiro]” irá levar a uma segunda volta, evitando, no entanto, falar sobre um possível apoio a Aécio Neves perante uma eventual derrota. “Quem ganhar não será com base em velhas estruturas de marketing e mentiras”, disse ainda a candidata.

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Se nenhum dos candidatos presidenciais superar os 50%, a eleição será resolvida numa segunda volta disputada entre os dois candidatos mais votados. A segunda volta está prevista para 26 de outubro.

As 450 mil assembleias de voto instaladas no país vão estar abertas até às 17h00 locais (21h00 hora de Lisboa). Devido aos vários fusos horários que existem no extenso território brasileiro, as assembleias nos estados do noroeste fecham duas horas mais tarde. As autoridades brasileiras informaram entretanto que quatro urnas eletrónicas foram incendiadas por um grupo criminoso no estado do Maranhão (norte). Estas quatro urnas incluem a lista de 583 urnas eletrónicas que foram substituídas, por diversos problemas, durante as primeiras três horas das eleições brasileiras.

Mais de 142,8 milhões de eleitores da República federal do Brasil — onde o voto é obrigatório — são chamados às urnas hoje para eleger um novo Presidente, 27 governadores, 513 deputados nacionais, 1.069 deputados federais e 27 senadores (um terço do Senado).