A Comissão de Saúde de Londres recomendou ao presidente da câmara, Boris Johnson, que proíba o fumo nos jardins e praças mais famosos da capital britânica, como Trafalgar Square ou a Praça do Parlamento. Num relatório da comissão, afirma-se que 1,2 milhões dos londrinos são fumadores, cerca de 15% da população da capital, e que todos os dias 67 crianças em idade escolar começam a fumar.

“Como cirurgião oncológico do NHS (serviço nacional de saúde britânico) vejo as consequências terríveis nos fumadores e nas suas famílias. Temos de fazer mais para ajudar as pessoas a deixar de fumar e para desencorajar as crianças de começar”, escreveu o autor do relatório, Ara Warkes Darzi. Segundo o documento, as autoridades de saúde londrinas estimam que o consumo de tabaco é responsável pela morte prematura de 8.400 pessoas todos os anos e pela hospitalização de 51.000.

O Reino Unido proibiu o fumo nos locais de trabalho, incluindo bares e restaurantes, em 2007. Se esta recomendação der origem a nova legislação, Londres tornar-se-á a segunda cidade do mundo a proibir o fumo em espaços ao ar livre, depois de Nova Iorque, em 2011. A possibilidade de proibir o fumo nos parques e jardins de Londres foi saudada pela organização antitabagista ASH, mas considerada escandalosa pelo grupo de defesa dos fumadores Forest.

No relatório, intitulado “Better Health for London” (uma saúde melhor para Londres), também se recomenda a proibição de publicidade a ‘fast food’ num raio de 400 metros em volta das escolas, descontos nos transportes públicos para as pessoas que fazem a pé parte do percurso para o trabalho e medidas para reduzir a poluição do ar.

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