A construtora aeronáutica brasileira Embraer anunciou ter produzido numa das suas fábricas em Évora a primeira peça dos E-Jets E2, a segunda geração da família de aviões comerciais E-Jets concebida pela empresa. “A produção desta primeira peça no prazo estipulado é um marco importante em todos os programas de aviação, pois representa a transição entre o projeto e o início da fabricação dos aviões”, disse o presidente e diretor-executivo da Embraer Aviação Comercial, Paulo Cesar Silva.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a empresa referiu que esta primeira peça faz parte do “conjunto do caixão central da asa (wing stub), sendo uma caverna de pressão entre o stub e a fuselagem do primeiro protótipo do jato E190-E2, cujo primeiro voo está programado para 2016″.

“A caverna de pressão dianteira é feita de alumínio aeronáutico”, precisou a construtora, explicando que a peça foi produzida na fábrica de estruturas metálicas de Évora, uma das duas unidades que a empresa detém na cidade e vai agora seguir para o Brasil para a montagem do conjunto. “Ainda há um longo caminho a percorrer até à entrada em serviço, mas não temos dúvida de que entregaremos ao mercado a aeronave mais eficiente, moderna e robusta do segmento, além de muito confortável para os passageiros”, sublinhou Paulo Cesar Silva.

A empresa brasileira anunciou a 29 de agosto, que a Embraer Estruturas Metálicas em Évora iria estar envolvida no seu novo programa de aviação comercial, o dos E-Jets E2, decidindo proceder à ampliação da área coberta da unidade. “A montagem final dos jatos E2 e o processo de entrega aos clientes serão realizados na sede da Embraer em São José dos Campos (Brasil), nas mesmas instalações utilizadas para a fabricação da atual geração de E-Jets”, frisou a empresa.

A primeira entrega de uma aeronave desta segunda geração de E-Jets (o E190-E2) está prevista para o primeiro semestre de 2018, estando programadas para 2019 e para 2020 as entradas em serviço, respetivamente, do E195-E2 e do E175-E2.

A Embraer possui duas fábricas em Évora, pois, além da que é especializada em estruturas metálicas, funciona no mesmo complexo a unidade vocacionada para o fabrico de materiais compósitos (componentes para caudas). As unidades foram inauguradas a 21 de setembro 2012, após um investimento de quase 180 milhões de euros. A juntar a estes projetos, a construtora aeronáutica brasileira inaugurou, em março deste ano, nas suas instalações alentejanas, um centro de engenharia e tecnologia, que deverá começar a funcionar ainda no segundo semestre deste ano.

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