O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, autorizou a mobilização dos membros da Guarda Nacional e de militares na reserva para ajudar nos trabalhos de combate ao vírus do ébola, na África Ocidental.

Estas tropas podem “aumentar as forças ativas de apoio à Operação Assistência Unida, oferecendo assistência humanitária e gestão de recursos relacionados com o vírus do ébola, na região da África Ocidental”, disse o presidente norte-americano.

Barack Obama comunicou a sua decisão numa carta enviada ao presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, divulgada pela Casa Branca.

Ainda que o presidente dos Estados Unidos não tenha anunciado o número de efetivos, os meios de comunicação norte-americanos adiantaram que o objetivo desta mobilização é construir 17 centros de tratamento do Ébola, na Libéria, cada um com cem camas.

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Depois da “luz verde” do presidente, cabe agora ao Departamento de Defesa ordenar o envio dos membros da Guarda Nacional.

Há semanas, Obama anunciou o envio de perto de 4000 militares norte-americanos para trabalhos de logística, construção de laboratórios, centros de tratamento e treino de pessoal sanitário local.

A Libéria é, com a Guiné-Conacri e a Serra Leoa, um dos três países mais afetados pelo vírus do ébola.

Segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Ébola causou 4493 mortos em 8997 casos registados em sete países (Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri, os mais afetados, mas também Nigéria, Senegal, Espanha e Estados Unidos).

A OMS teme um expressivo aumento do número de infeções, que estima poderem subir até aos 10 mil novos casos por semana (atualmente registam-se mil), até ao final do ano, na África Ocidental.

O ébola tem fustigado o continente africano regularmente desde 1976, sendo o atual surto o mais grave desde então.