O presidente executivo da Mota-Engil garantiu nesta terça-feira que ainda não há “decisão definitiva” sobre quando a Mota-Engil África irá retomar o processo de dispersão do capital na bolsa de Londres, referindo que “o mercado está muito volátil”. Os planos foram adiados em julho, perante a instabilidade criada pela crise no Grupo Espírito Santo.

“Continuamos a olhar para os mercados, a fazer o nosso trabalho, não há uma decisão definitiva”, afirmou Gonçalo Moura Martins sobre a entrada da Mota-Engil África na London Stock Exchange, em declarações à margem da conferência “Portugal em Exame”, organizada pela revista Exame em parceria com o Banco Popular, a decorrer em Lisboa.

Confrontado com os comentários de analistas, que antecipam o adiamento do processo para 2015, o gestor limitou-se a dizer que “é a opinião deles”, salientando que “o mercado está muito volátil, muito dinâmico, a acontecer muita coisa”.

Em julho, a Mota-Engil interrompeu a entrada da Mota-Engil África na London Stock Exchange, devido “à recente e significativa deterioração das condições de mercado e do consequente resultado no sentimento dos investidores”.

A empresa adiantou então que, “apesar da elevada qualidade institucional das ordens recebidas por parte de potenciais investidores dentro do intervalo do preço definido, a procura agregada não assegurava as condições para a cotação e consequente negociação do título em bolsa”.

Gonçalo Moura Martins adiantou ainda que o processo de aquisição ao Estado da EGF – Empresa Geral do Fomenta, subsidiária da Águas de Portugal, “vai ser fechado em breve”. “Estamos a finalizar os financiamentos e a burocracia”, precisou.

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