Barack Obama pediu calma aos norte-americanos. Depois de ter sido conhecido o primeiro caso de diagnóstico de ébola em Nova Iorque, o Presidente dos Estados Unidos pediu aos norte-americanos que se “guiem pelos factos e não pelo medo”, tentando acalmar o alarme com as notícias.

No discurso semanal que fez ao país, quis deixar uma mensagem de esperança dizendo que “há doentes que conseguem vencer a doença. E nós conseguimos vencer a doença”.

O Presidente apontou o caso de Dallas (Texas), onde a 8 de outubro morreu o primeiro doente diagnosticado com Ébola nos Estados Unidos, o liberiano Thomas Eric Duncan, e, há uma semana, as quase 50 pessoas postas de quarentena por terem contactado com ele chegaram ao final dos 21 dias do período de incubação sem qualquer sintoma.

“Em Dallas, dezenas de familiares, amigos e outras pessoas que estiveram em contacto com o primeiro doente foram declaradas livres do Ébola – o que nos deve lembrar que esta doença é muito difícil de apanhar”, disse Obama.

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Na sexta-feira, duas enfermeiras infetadas quando tratavam do liberiano foram dadas como curadas pelos médicos e uma delas teve alta no mesmo dia.

O Presidente norte-americano destacou por outro lado a reação dos cerca de oito milhões de habitantes de Nova Iorque, onde na quinta-feira foi diagnosticada a infeção por Ébola a um médico recém-regressado da Guiné-Conacri.

“Os nova-iorquinos mostraram-nos como agir. Fizeram o que fazem todos os dias. Apanharam o autocarro, o metro, o elevador, foram trabalhar e juntaram-se nos parques. É esse o espírito que devemos manter, como americanos, ao enfrentarmos juntos este desafio”, disse.

“Temos de guiar-nos pela ciência, pelos factos, e não pelo medo”, prosseguiu.

“É importante lembrarmo-nos de que os sete norte-americanos tratados até agora por Ébola — os cinco contagiados na África Ocidental e as duas enfermeiras de Dallas — todos sobreviveram”, frisou.

O atual surto de Ébola, centrado na África Ocidental mas com casos noutras partes do mundo, regista até ao momento 10.141 casos em oito países, 4.992 deles mortais, segundo um novo balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgado hoje.