O lucro do Banco de Investimento Global (BiG) subiu 46,5% nos primeiros nove meses do ano, face a igual período de 2013, para 61,9 milhões de euros, anunciou esta segunda-feira a instituição.
Entre janeiro e setembro, o produto bancário subiu 46% para 157 milhões de euros, “resultado dos proveitos das atividades de investimento e crédito e da duplicação dos proveitos de comissões, que compensaram o ligeiro decréscimo da margem financeira (-8,8%)”, adianta a entidade em comunicado.
A provisão para impostos no final de setembro ascendia a 46,6 milhões de euros, “substancialmente acima dos 26,5 milhões de euros registados em 2013”, refere o BiG.
Os resultados nos primeiros nove meses deste ano “refletem ainda uma provisão, constituída a título prudencial, relativa à melhor estimativa sobre o montante da contribuição ao Fundo da Resolução que caberá ao banco, na sequência da recente intervenção no BES”.
O BiG esclarece que “não tinha exposição direta ou indireta ao GES [Grupo Espírito Santo] ou ao BES [Banco Espírito Santo] no momento do colapso do grupo”.
Sobre os rácios de liquidez e de solvabilidade, a instituição adianta que estes “permaneceram elevados”, tal como nos anos anteriores.
Os depósitos de clientes subiram 23% para 775,7 milhões de euros, o rácio crédito concedido/depósitos recuou para 18%, contra 29% no período homólogo de 2013, “como resultado de uma redução na procura de empréstimos e de uma maior base de depósitos”.
O rácio de crédito vencido/crédito concedido ficou nos 0,1%.
No final de setembro, os capitais próprios eram de 246,4 milhões de euros, mais 34% do que um ano antes e o rácio ‘Tier 1’ (medida de avaliar a solvabilidade de um banco) era de 30,4%.
Os ativos líquidos cresceram 16% para 1.440 milhões de euros e os ativos sob supervisão subiram 63% para 2.873 milhões de euros.