O presidente da Ucrânia, Petró Poroshenko, considerou este domingo que as eleições nas regiões separatistas pró-russas de Donetsk e Lugansk “uma farsa”, mostrando-se confiante de que a Rússia não legitimará estas “pseudoeleições”.

“É uma farsa com tanques montada por duas organizações terroristas, um acontecimento terrível que não tem nada a ver com a expressão da vontade dos cidadãos”, disse o Chefe de Estado, citado pelo seu gabinete de imprensa.

O presidente ucraniano mostrou-se ainda confiante que a Rússia não reconhecerá estas “pseudoeleições”, que, frisou, contrariam os acordos de cessar-fogo assinado em Minsk.

As regiões separatistas pró-russas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, votam este domingo para escolher os presidentes e parlamentos regionais, numa eleição que visa legitimar a independência declarada unilateralmente mas é considerada ilegal por Kiev.

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Ao lado do governo ucraniano, ONU, União Europeia, NATO e vários países ocidentais asseguram que o voto separatista viola a legislação ucraniana e mina os esforços que conduziram à assinatura de um memorando de paz em setembro.

A Rússia, em contrapartida, é o único apoio dos separatistas, tendo afirmado, pela voz do ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, que “reconhecerá naturalmente” os resultados.

O acordo de cessar-fogo assinado em setembro na Bielorrússia previa eleições locais nas regiões separatistas a 07 de dezembro, mas os dirigentes das duas autoproclamadas “repúblicas populares” recusaram quaisquer eleições organizadas por Kiev em territórios que controlam e anunciaram que organizariam eleições locais a 02 de novembro.