Brittany Maynard disse na semana passada que afinal não morreria a 1 de novembro como tinha anunciado, mas acabou por terminar a vida nesse mesmo dia. A americana de 29 anos foi diagnosticada no início de ano com uma forma agressiva de cancro cerebral e foram-lhe dados seis meses de vida. Em outubro, publicou um vídeo a explicar que tinha decidido terminar a sua vida de forma assistida, tornando-se assim num dos principais símbolos do lóbi da morte assistida nos Estados Unidos da América.

“Adeus aos meus queridos amigos e família que eu amo. Este é o dia que decidi morrer com dignidade, face à minha doença terminal, este cancro cerebral terrível, que já me tirou tanto… Mas que me tiraria ainda mais”, lê-se na última mensagem de Brittany Maynard no Facebook. Ainda não se sabe o que terá feito a jovem americana mudar de ideias depois de ter anunciado que afinal ainda se sentia bem e só faria esta opção mais tarde, em vez do dia 1 de novembro que tinha sido previamente anunciado.

Brittany ganhou notoriedade através de um vídeo publicado pela associação Compassion & Choices (ou compaixão e escolhas) em que explicava que apesar de ter 29 anos e se ter casado há pouco tempo, tinha decidido pôr termo à vida depois de um diagnóstico de cancro cerebral, sem possibilidade de cura, lhe ter dado seis meses de vida. Apesar de afirmar que ainda se sentia bem, embora controlada por medicação, a americana dizia ter medo do estado de debilidade a que poderia chegar e por isso tinha escolhido terminar a vida através de suicídio assistido, no estado do Oregon – um dos cinco estados que permitem aos médicos ajudar a terminar a vida de um paciente, caso já não haja possibilidade de recuperação.

A porta-voz da associação Compassion & Choice, que luta pelo direito ao suicídio assistido em todos os EUA, disse que Brittany Maynard morreu rodeada pela família e amigos e que o estado de saúde dela se tinha deteriorado nos últimos dias com “convulsões mais longas e frequentas e fortes dores de cabeça e no pescoço”. Nos últimos meses, a americana viajou para vários sítios que queria ver antes de morrer, um deles foi o Grand Canyon que viu pela primeira vez este mês na companhia do marido, da mãe e do padrasto.

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