Numa manobra seguida por milhares de pessoas que se reuniram nas margens do rio Chicago numa noite fria e por milhões de telespectadores em todo o mundo, Wallenda fez primeiro uma travessia entre os dois edifícios Marina West (180 metros de altura) e o Leo Burnett (204 metros), com um ângulo de 19 graus. Uma caminhada que durou menos de sete minutos.
Minutos depois, o funâmbulo norte-americano regressou ao telhado do Marina West e andou 28 metros com os olhos vendados até à outra torre do mesmo complexo, um percurso que fez em um minuto e 17 segundos, sem rede, com ventos de 16 quilómetros por hora e uma temperatura de nove graus centígrados.
Ambas as façanhas bateram recordes mundiais: a primeira pelo ângulo de inclinação e a segunda pela altura da caminhada realizada com olhos vendados.
Wallenda declarou, de seguida, que podia escutar do alto os aplausos da multidão — estimada em cerca de 50 mil pessoas — e afirmou que se sentiu tentado a parar para tirar a câmara e fotografar-se a 192 metros de altura sobre o rio Chicago.
“Por momentos tremi como uma folha”, disse, numa entrevista a um canal de televisão que retransmitiu o ato como dez segundos de atraso no caso de ocorrer algum incidente trágico.
O equilibrista de 35 anos pertence a uma família circense que, ao longo de várias gerações, tem espantado o mundo com as suas arriscadas manobras.
Em 2012, Nik Wallenda, que anda sobre a corda bamba desde criança, caminhou sobre as Cataratas de Niágara e no ano passado tornou-se no primeiro homem a atravessar o Grand Canyon (Colorado) equilibrando-se num arame.