Petro Poroshenko, o presidente da Ucrânia, ordenou a mobilização de tropas para cidades no sul e leste do país para o caso de haver uma nova ofensiva independentista pró-russa, avança a BBC. Esta decisão foi tomada depois de uma reunião com os chefes de segurança daquele país, que decidiram o que fazer após as eleições em Donetsk e Luhansk, regiões controladas pelos independentistas que gozam de um estatuto especial.

Ambas as regiões tiveram na terça-feira cerimónias para as tomadas de posse dos novos líderes. Alexander Zakharchenko foi eleito o presidente da República Popular de Donetsk, enquanto Igor Plotnitsky foi o escolhido para liderar a República Popular de Luhansk.

O governo ucraniano e os aliados do Ocidente condenaram, no domingo, as eleições. Federica Mogherini, a responsável da política externa na União Europeia, disse na terça-feira que as eleições foram “ilegítimas” e que colocavam “em risco” o “caminho para o diálogo e paz”.

“O maior risco agora é fecharmos esta janela de oportunidade para diálogo interno e para um diálogo com a Rússia”, explicou Mogherini. Já o novo líder da NATO, Jens Stoltenberg, revelou que as tropas russas estavam a “movimentar-se para perto da fronteira com a Ucrânia”.

Apesar destas movimentações, Poroshenko afirmou que continua comprometido com as negociações de paz em curso. “Isto não significa que a Ucrânia não esteja preparada para uma ação decisiva”, disse. As cidades que receberão um reforço militar são Mariupol, Berdyansk, Kharkiv. O norte da região de Luhansk terá igualmente um aumento das tropas no terreno.

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