O presidente da AEP – Câmara de Comércio e Indústria, Paulo Nunes de Almeida, defendeu esta quarta-feira, em declarações à agência Lusa, que Portugal tem a ganhar na abertura de uma representação comercial em Taiwan.

Num contacto telefónico feito a partir de Macau, Paulo Nunes de Almeida, que está em Taiwan para uma visita empresarial à frente de uma delegação portuguesa, sublinhou existir hoje “a consciência” do baixo valor do comércio entre aquele país e Portugal, ao mesmo tempo que sublinhou acreditar que as “características” de ambos os parceiros podem potenciar as trocas comerciais.

Paulo Nunes de Almeida salientou a posição de Taiwan no mercado asiático e de Portugal na União Europeia e na ligação aos países de expressão portuguesa como mais-valias a explorar para que o “incremento comercial possa ser uma realidade a curto prazo”.

Por outro lado, acrescentou, Portugal também procura “cada vez mais diversificar mercados” e “reduzir a grande dependência em relação aos países da União Europeia”, sendo que nesse objetivo, “Taiwan, pelo seu potencial, se coloca nesse radar”.

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Nos contactos políticos e empresariais, Paulo Nunes de Almeida garantiu que há vontade (na Formosa) de acolher uma representação empresarial/comercial de Portugal em Taiwan e defendeu a ideia como “uma vantagem” para fomentar os negócios bilaterais.

No entanto, disse, tal representação deve ser alvo de “sinergias” com várias entidades e ter uma abrangência setorial multidisciplinar que seja vantajosa para os diversos setores da economia.

A delegação portuguesa inclui representantes do setor bancário, imobiliário, saúde, vinhos e outros setores da atividade económica e vai permanecer em Taiwan até quinta-feira, numa deslocação que surgiu a convite da representação da Formosa em Lisboa.