O diretor clínico do hospital de Vila Franca de Xira garantiu neste sábado que o hospital está preparado para lidar com o surto de ‘legionella’ e admitiu que não há ainda informações sobre a origem desta infeção. “Temos tudo o que precisamos, não temos um aumento de afluência ao hospital, a afluência é a que se verifica durante as noites e durante todo o ano, por isso para além destes problemas, temos o banco de urgência com as situações mais díspares”, disse o diretor clínico do hospital, Carlos Rabaçal, em declarações aos jornalistas no hospital.

O responsável clínico confirmou o primeiro óbito, acrescentando que há pessoas infetadas entre os 31 e os 90 anos, e aconselhou a população a falar primeiro com a Linha de Saúde 24 antes de ir a qualquer urgência. “O conselho é que se as pessoas tiverem febre, dores no corpo, expetoração, devem chegar ao hospital se isso lhes for indicado pela Saúde 24. Se depois os doentes forem orientados para a nossa urgência, podem vir”, disse, assegurando que o hospital tem capacidade para tratar deste caso.

Questionado sobre as origens deste surto de ‘legionella’, o responsável clínico disse não ter qualquer ideia.

Questionado sobre as origens deste surto de ‘legionella’, o responsável clínico disse não ter qualquer ideia, mas vincou que essa não é a sua preocupação principal. “Essa situação está a ser tratada pelas autoridades, não nos compete a nós averiguar isso. O que sabemos é que as pessoas são das mesmas freguesias – Forte da Casa, Póvoa de Santa Iria e Vialonga – e continuamos a trabalhar de forma articulada com as delegações de saúde e com a ARS, mas há informações que não nos podem ser pedidas a nós”, respondeu Carlos Rabaçal. “Não há suspeita sobre o que levou a isto”, conclui o diretor clínico do hospital de Vila Franca de Xira.

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Questionado sobre as máscaras que alguns doentes e até médicos estão a usar, o médico disse que “não há cuidados a ter pelos outros doentes” e que “as máscaras existem para proteger os nossos doentes”, sublinhando que “não há contaminação de pessoa a pessoa, de nenhum tipo”. Não existe também, vincou, “transmissão da doença por contacto entre pessoas nem é contraída pela ingestão de água”.

Na sexta-feira deram entrada no Hospital de Vila Franca de Xira 27 pessoas com queixas do foro respiratório, tendo mais tarde aquela unidade hospitalar confirmado tratar-se de infetados com a bactéria ‘legionella’. A bactéria “legionella” é responsável pela Doença dos Legionários, uma pneumonia grave, cuja infeção se transmite por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada.