As equipas contratadas pela Austrália para procurar o avião da Malaysia Airlines, desaparecido desde março, não encontraram qualquer pista, após rastrearem uma área de 7.000 quilómetros quadrados de leito marinho no Oceano Índico, informaram esta quarta-feira fontes oficiais.

“Até à data fizeram-se buscas em cerca de 7.000 quilómetros”, refere um comunicado do Centro de Coordenação de Agências Conjuntas (JACC, na sigla em inglês) da Austrália, país que coordena a operação pela sua proximidade ao local das buscas.

O avião da Malaysia Airlines desapareceu a 08 de março, com 239 pessoas a bordo, após mudar de rumo, na sequência de uma “ação deliberada”, segundo especialistas, cerca de 40 minutos depois de ter descolado de Kuala Lumpur com destino a Pequim.

A zona mapeada encontra-se ao largo do chamado “sétimo arco”, uma curva que se estende em frente à costa ocidental da Austrália, onde os especialistas calculam que se tenha despenhado o avião.

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Inicialmente, as equipas de resgate acreditavam que a área de 600 quilómetros de largura e 90 de comprimento se situava a oeste de Perth, mas no mês passado novas análises determinaram duas zonas prioritárias a sul do referido ponto.

O chefe da Autoridade de Transportes da Austrália, Martin Dolan, assegurou hoje ao diário The West Australian que a busca pelo MH370 está “encaminhada” e atribuiu a definição de duas zonas de busca a diferentes metodologias utilizadas no cálculo da trajetória.

Dolan descartou que haja discrepâncias entre as cinco equipas de investigadores, cujo consenso inicial teve por base os dados disponíveis. Contudo, com nova informação, “os resultados das diferentes metodologias não coincidem exatamente”.