O Governo de Pedro Passos Coelho está a preparar-se para reconhecer o Estado palestiniano logo que seja possível, avança o Expresso, na edição deste sábado. A informação chegou ao semanário através de fonte governamental, que adiantou não existirem dúvidas em relação à vontade do Governo. E se o reconhecimento avançar em coordenação com os restantes Estados-membros da União Europeia, melhor.

O reconhecimento da Palestina como um novo país tem estado na ordem do dia. A 30 de outubro, a Suécia deu o primeiro passo e, desde então, tem sido várias as iniciativas no mesmo sentido. Reino Unido, Espanha, França sao alguns dos países que avançaram com propostas que recomendam o reconhecimento do Estado palestiniano.

Esta semana, o assunto esteve em debate no Parlamento Europeu, mas a votação só chegará a meio de dezembro (entre 15 e 18). Por cá, o Partido Socialista preparou um projeto de resolução que recomenda o reconhecimento da Palestina como país ao Governo, que está a estudar eventuais propostas de alteração. A maioria PSD/CDS-PP também se movimentou no mesmo sentido, o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, disse à agência Lusa que a maioria “trabalhará com os restantes grupos parlamentares, em especial com o PS”, para “uma resolução o mais consensual possível” de reconhecimento do Estado da Palestina.

O Expresso avança que para o Executivo de Passos Coelho, Portugal “sempre fez parte do grupo de países que defende que a solução dos dois Estados é a mais adequada para garantir a paz e a segurança na região”. E o deputado do PSD, António Rodrigues, adiantou à publicação que não tem dúvidas de que o partido vai assumir uma posição favorável.

Na União Europeia, o assunto esteve a ser debatido a 17 de novembro, no Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros e a nova representante para os Negócios Estrangeiros, Federica Mogherini, adiantou que “fiaria feliz se o Estado palestiniano existisse” no termo do seu mandato.

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