Um antigo dirigente chinês foi hoje condenado a prisão perpétua por corrupção, num caso denunciado por uma ex-amante do responsável do Governo.

O veredicto contra Liu Tienan, antigo vice-diretor da Comissão Nacional para o Desenvolvimento e Reforma, a principal agência de planeamento económico do país, constitui o mais recente caso de punição de dirigentes em consequência da campanha anticorrupção levada a cabo pelo Partido Comunista.

“Foi condenado a prisão perpétua por suborno”, disse o Tribunal Popular Intermédio de Langfang, através da sua conta de Weibo, a versão chinesa do Twitter.

Segundo o tribunal, em causa estão 35,58 milhões de yuans (4,6 milhões de euros) em subornos.

“O tribunal considera que o acusado Liu Tienan, como funcionário do Governo, usou o seu cargo para conseguir compensações de outros, recebeu ilegalmente dinheiro ou presentes de outros, tanto diretamente como através do seu filho Liu Decheng. As suas atividades resultaram no crime de suborno”, disse o tribunal.

As acusações contra Liu surgiram depois de a sua amante divulgar informação incriminatória a um jornalista que a colocou online, incluindo detalhes sobre negócios duvidosos, credenciais académicas falsas e ameaças de morte.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Liu tinha relações com o antigo ‘czar’ da segurança Zhou Yongkang e com o antigo líder da Companhia Nacional de Petróleo da China, Jiang Jiemin, ambos sob investigação por corrupção.

 

Lusa/fim