O Banco da Rússia elevou, na noite de segunda para terça-feira, a sua taxa diretora em 6,5 pontos percentuais, para 17%, depois de o rublo ter conhecido hoje um mini-crash, ao desvalorizar-se 10%. “A decisão teve por objetivo limitar a considerável depreciação do rublo”, indicou o banco central da Federação Russa, em comunicado. Antes desta subida da taxa de juro, o banco da Rússia tinha elevado este custo do dinheiro na quinta-feira, em um ponto percentual, para os 10,5%.

A moeda russa já registou uma depreciação de 50% desde janeiro de 2014, na sequência das sanções que foram impostas pelos países ocidentais devido ao conflito na Ucrânia e à queda das cotações do petróleo nos mercados. Os analistas temem que a queda do rublo venha a perturbar fortemente a economia da Rússia e lançá-la numa espiral inflacionista.

O banco central russo terá, com esta medida, o objetivo de evitar a desconfiança sobre os bancos do país e de manter o apetite dos investidores sobre a economia e a respetiva moeda. A descida dos preços do crude estão a provocar graves problemas na saúde da Rússia. Depois de ter atingido o valor máximo de 2014 nos 107 dólares durante o verão, o petróleo já baixou para 56 dólares por barril e há analistas que acreditam que a cotação vai baixar ainda mais, prejudicando economias, como a russa, muito dependentes das vendas desta matéria-prima.

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