António Costa lança o chavão para o ano que quer seu: “Ano novo, vida nova”. Ou, por outras palavras, ano novo, gabinete novo. O líder do PS quer ser o próximo primeiro-ministro já depois das eleições legislativas deste ano e para isso promete fazer diferente: sem promessas, mas antes com muitos “desafios”.

E que desafios são esses? O secretário-geral do PS, que é ao mesmo tempo candidato a primeiro-ministro eleito em primárias, quer deixar uma palavra de “confiança, não como uma promessa, mas como um desafio”. Tudo porque quer que 2015 seja “um ano que seja mesmo novo com novas opções e novas prioridades”.

Nas prioridades, nesta mensagem de poucos minutos, exibida em tempo de antena na RTP, em que Costa aparece ao lado de uma árvore de Natal e da bandeira de Portugal, estão alguns dos temas de campanha do líder socialista. Está lá a luta contra as desigualdades, o combate ao desemprego, a criação de condições para que os emigrantes regressem e até o combate a “fenómenos que nos envergonham como a violência doméstica”. Não é a primeira vez que Costa usa esta receita, já o tinha feito no congresso quando se colocou ao lado da atriz Maria do Céu Guerra a nomear todas as mulheres vítimas de violência doméstica em Portugal.

Desta mensagem, a política não ficou de fora, mas ficou tapada pelo tom de desejos. E Costa esboçou o desejo para que 2015 seja um ano de projetos comuns e para a construção de “uma alternativa às políticas atuais”.

Nas palavra de Costa, em 2015 teremos “oportunidade de começar um caminho de mudança para apostarmos em mais e melhor trabalho, permitindo a mais portugueses e portuguesas contribuírem para o desenvolvimento do país” e também “uma mudança para nos empenharmos num país com menos desigualdades”.

Palavra de Costa, que é como quem diz, não é promessa, é desafio.

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