Um homem entregou-se à polícia federal de Charleroi, nos arredores de Bruxelas, e confessou ter vendido as armas que Amedy Coulibaly e os irmãos Kouachi usaram nos ataques de Paris, causando 17 mortos.

O homem, que de acordo com o jornal belga Le Soir já era conhecido pelas autoridades devido ao tráfico de armas, admitiu ter estado em contacto com Amedy Coulibaly, autor do sequestro no supermercado judaico nos arredores de Paris onde quatro pessoas perderam a vida. Para além de armas, Coulibaly queria uma viatura.

Sobre o armamento, o britânico Telegraph escreve que Coulibaly foi a Bruxelas e a Charleroi comprar a pistola “Tokarev” que usou no sequestro, uma metralhadora “Scorpion”, armas “Kalashnikov” e lança-rockets usados pelos irmãos Kouachi no ataque à redação do Charlie Hebdo. A polícia fez buscas na casa do homem, cuja identidade não foi divulgada, e encontraram documentos que comprovam a transação.

Um vídeo de Amedy Coulibaly foi divulgado em contas de redes sociais ligadas a movimentos jihadistas onde este afirmava ser um membro do autoproclamado Estado Islâmico. E admitiu também que ele e os irmãos Kouachi, suspeitos do atentado ao Charlie Hebdo, decidiram coordenar as suas ações terroristas.

Os valores da transação apontados pelos vários meios de comunicação belgas diferem, mas o armamento que provocou a morte de 17 pessoas custou entre 5.000 e 7.000 euros.

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