Um hospital foi atingido esta segunda-feira por rockets no centro da cidade de Donetsk, no leste separatista da Ucrânia, enquanto as autoridades de Kiev afirmam que cerca de 700 soldados russos entraram no país para ajudar os rebeldes. O bombardeamento causou seis feridos, um médico e cinco doentes, segundo o Ministério das Situações de Emergência da autoproclamada república de Donetsk, e terá ainda atingido uma universidade localizada frente ao estabelecimento de saúde.

Em Debaltseve, a cerca de 60 quilómetros a norte de Donetsk, fogo de artilharia matou três pessoas e feriu 12. Os militares ucranianos registaram pelo menos três soldados mortos e 66 feridos nas últimas 24 horas. Os disparos acontecem num contexto de renovada violência no leste da Ucrânia na última dezena de dias.

Entre quinta-feira e domingo decorreram intensos combates entre o exército ucraniano e os separatistas pró-russos à volta do aeroporto de Donetsk. As autoridades ucranianas afirmaram que dois grupos de soldados russos, com cerca de 300 a 350 militares cada, entraram esta segunda-feira na Ucrânia para ajudar os rebeldes pró-russos do leste.

A Ucrânia e os países ocidentais acusam há vários meses a Rússia de destacar tropas para o leste daquele país, onde o conflito com os separatistas já causou mais de 4.800 mortos, desde o seu início em abril de 2014. Segundo as estimativas de Kiev, mais de 8.500 soldados russos encontravam-se no leste da Ucrânia em meados de janeiro. A Rússia tem desmentido o seu envolvimento no conflito no país vizinho.

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