Literalmente. Este é um título que de irónico não tem nada, embora pareça. Dois deputados do PSD e dois assessores ganharam uma alergia na última semana e apontam o dedo à sala da comissão de inquérito ao Banco Espírito Santo (BES).

Os deputados têm passado longas horas na sala de inquérito ao BES, a sala 6, onde têm decorrido todas as audições desde novembro e a semana passada dois deputados social-democratas estavam com alergias graves, sendo que um deles chegou a receber assistência médica.

A alergia parece, no entanto, só ter atacado os deputados do PSD. Um parlamentar contava ao Observador que uma justificação possível pode ser do ar condicionado que está do lado onde se sentam estes parlamentares e os assessores, uma vez que não há mais espaços que sejam partilhados pelas quatro pessoas.

Perante o estado de saúde dos dois deputados e dos dois assessores (que por norma se sentam atrás dos deputados dos respetivos grupos parlamentares), o coordenador dos social-democratas, Carlos Abreu Amorim, terá mesmo escrito uma carta ao presidente da comissão, Fernando Negrão, a pedir para que seja feita uma “limpeza exaustiva”, de acordo com o Jornal de Notícias. O deputado pede não só que seja feita uma limpeza aos filtros do ar condicionado como aos aquecedores.

O presidente da comissão de inquérito garantiu na semana passada ao Observador que não seria preciso mudar a sala da comissão, contudo esta tem sido uma sala que já deu que falar. Tudo porque é mais pequena que a sala onde decorrem audições com mais público (a sala 1) e porque para acolher todos os jornalistas tiveram de ser colocadas mais filas de cadeiras na assistência.

A comissão de inquérito volta a reunir-se esta terça-feira às 15h para ouvir o presidente da auditora externa PricewaterhouseCoopers, José Pereira Alves, e os deputados do PSD pedem para que sejam garantidas as condições de higiene até lá.

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