As opiniões em relação à venda da PT Portugal aos franceses da Altice, aprovada esta quinta-feira na assembleia-geral de acionistas da PT SGPS, está a dividir opiniões. João Mello Franco, presidente do Conselho de Administração da PT SGPS, garante que foi a “melhor solução”, mas o sindicato que representa os trabalhadores do grupo PT já prometeu analisar a possibilidade de avançar com uma impugnação do resultado da votação.

Além de João Mello Franco, também o presidente executivo da Oi, Bayard De Gontijo, se mostrou “satisfeito com o resultado da votação”, considerando que foi “o melhor para as duas empresas”.

Nuno Vasconcellos, presidente da Ongoing, acionista de referência da PT SGPS, por sua vez, revelou-se “muito triste” com o desfecho da PT e sublinhou que foi “muito difícil” tomar esta decisão.

“Estou muito triste porque a venda da PT Portugal é sempre uma decisão muito difícil”, afirmou o gestor, lembrando que este ativo “fazia parte de um projeto que agora está mais focado pelo Brasil”, afirmou Nuno Vasconcellos, em declarações aos jornalistas à saída da assembleia-geral de acionistas do grupo PT.

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A Altice já reagiu à decisão dos acionistas maioritários da PT, que descreve como uma “excelente notícia”. “A aprovação da venda da PT Portugal ao grupo Altice é uma excelente notícia para a PT Portugal, para o investimento, a inovação, os acionistas, os trabalhadores e Portugal”, sublinhou o porta-voz da Altice.

A assembleia-geral de acionistas da PT SGPS aprovou, com 97,81% dos votos a favor e 2,19% contra, a venda da PT Portugal, que detém o Meo e o Sapo, entre outros ativos aos franceses da Altice.

No total, a reunião magna contou com a presença de 398 acionistas, num encontro que contou com cerca de quatro horas de intervenções e pedidos de esclarecimentos e poucos minutos para a votação da proposta da Altice.