O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse esta sexta que é “bem-vinda” a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de comprar dívida pública e que espera que ela “seja tão eficaz quanto se deseja”.
“Este financiamento do BCE não é para os Governos nem para os Estados, é para os bancos e para a economia e portanto o BCE, ao contrário do que algumas pessoas defendiam, não alterou o seu mandato, os seus estatutos, o seu objetivo que é de política monetária e não está a financiar os Estados, está a financiar os bancos e a economia”, afirmou o chefe de Governo.
Confrontado com as acusações do líder do PS, António Costa, que considerou que a decisão do BCE constitui uma pesada derrota política e doutrinária para o primeiro-ministro, Passos Coelho frisou que, da sua parte, “nunca houve contradições”. “Aproveitei para revisitar as declarações que tenho feito sobre esta matérias e elas são particularmente coerentes”, frisou.
O Banco Central Europeu anunciou na quinta-feira que vai comprar mensalmente 60 mil milhões de euros de dívida pública e privada até setembro de 2016.
A compra inicia-se em março e durará pelo menos até ao fim de setembro de 2016, adiantou.