O piloto do avião que caiu em agosto de 2014 e matou sete pessoas, entre elas o então candidato presidencial brasileiro, Eduardo Campos, não seguiu o trajeto previsto nas cartas aeronáuticas, informaram esta segunda-feira as autoridades em Brasília. Investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) afirmaram também que o piloto forneceu informações incorretas sobre o seu posicionamento e que não possuía formação adequada para dirigir o avião.

A morte de Eduardo Campos, então candidato do Partido Socialista Brasileiro (PSB), abriu caminho à candidatura da ambientalista Marina Silva, que era a número dois na sua lista por não ter conseguido legalizar o seu partido a tempo para as eleições presidenciais de outubro do ano passado.

Marina Silva chegou a ficar perto da segunda volta, segundo sondagens pré-eleitorais, mas acabou em terceiro lugar, com mais de 20 milhões de votos, atrás da Presidente reeleita Dilma Rousseff (Partido dos Trabalhadores) e de Aécio Neves (Partido da Social Democracia Brasileira).

O chefe da investigação do Cenipa, tenente-coronel Raul de Souza, afirmou que tanto o piloto como o copiloto da aeronave de Eduardo Campos precisavam de mais treino para pilotar o jato, mas realçou que ainda não é possível afirmar que houve falha humana. O Cenipa negou, entretanto, que a aeronave tenha colidido com uma ave, drone (pequeno avião não tripulado) ou outro tipo de aeronave.

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