O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, visita hoje a Ucrânia, tendo reuniões agendadas em Kiev com o Presidente Petro Poroshenko e o primeiro-ministro Arseni Iatseniouk.

Os Estados Unidos estão a refletir sobre uma eventual entrega de armamento à Ucrânia para ajudar Kiev a resistir aos separatistas pró-russos que controlam a região leste daquele país.

Ash Carter, nomeado no início de dezembro de 2014 pelo Presidente norte-americano Barack Obama para o cargo de secretário da Defesa, em substituição de Chuck Hagel, afirmou hoje, durante a sua audição de confirmação no Senado norte-americano, ser favorável a uma eventual entrega de armamento aos ucranianos.

“Estou inclinado em seguir nessa direção, porque acho que devemos ajudar os ucranianos a defenderem-se”, declarou Ash Carter, quando questionado pelo presidente da comissão das Forças Armadas do Senado (câmara alta do Congresso norte-americano), o republicano John McCain, sobre o envio de “armas defensivas” para Kiev.

“Sobre a natureza dessas armas, não posso neste momento pronunciar-me, ainda não falei” sobre o assunto com o Pentágono (Departamento de Defesa) ou com os líderes ucranianos, indicou Carter, que aguarda a confirmação do Senado para assumir as novas funções.

Washington, que acusa a Rússia de armar os rebeldes (acusação que Moscovo rejeita), tinha afastado até à data a hipótese de fornecer armamento a Kiev, limitando a ajuda a uma assistência militar não letal, com a entrega de radares, coletes à prova de bala e equipamento médico, entre outros itens.

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Durante a visita a Kiev, John Kerry vai ainda encontrar-se com o seu homólogo ucraniano, Pavlo Klimkine.

Os encontros na capital ucraniana terão como objetivo avaliar de que forma os Estados Unidos e a Ucrânia “podem trabalhar em conjunto para desencadear um desagravamento da situação no terreno”, afirmou, no passado dia 30 de janeiro, a porta-voz do Departamento de Estado, Jennifer Psaki.

“A visita do secretário de Estado vai permitir sublinhar o apoio inabalável dos Estados Unidos à Ucrânia e aos seus cidadãos”, reforçou então a porta-voz.