Os Estados Unidos são esta quarta-feira os anfitriões de uma cimeira internacional de luta contra o terrorismo e o extremismo. O encontro vai ser marcado pelos recentes ataques terroristas em Paris e Copenhaga, e também pelos esforços para combater os ‘jihadistas’ do Estado Islâmico.
A cimeira de alto nível pretende debater os “esforços nacionais e internacionais” colocados em prática para evitar que grupos extremistas e respetivos seguidores “radicalizem, recrutem ou inspirem” indivíduos e grupos nos Estados Unidos e em outros países com o objetivo de “cometer atos de violência”, segundo indicou a Casa Branca.
Este encontro de alto nível foi anunciado por Washington em janeiro passado, dias depois dos ataques em Paris contra a redação do jornal satírico Charlie Hebdo, conhecido pela publicação de várias caricaturas de Maomé, e um supermercado de produtos judaicos. Os ataques fizeram 17 mortos.
No sábado passado, em Copenhaga, um homem matou a tiro duas pessoas e feriu outras cinco em dois ataques contra um centro cultural, onde estava a decorrer um debate sobre a liberdade de expressão, e uma sinagoga. Um dia depois, o Estado Islâmico (EI) divulgava um vídeo da execução de 21 reféns cristãos copta egípcios.
Representantes de mais de 60 países, incluindo 14 nações árabes e de países como Espanha, Israel, Austrália e Coreia do Sul, são aguardados em Washington para participar no encontro, em que também estarão presentes o secretário-geral Ban Ki-moon, a Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Federica Mogherini, e representantes da sociedade civil.
O encontro na capital federal norte-americana realiza-se uma semana depois de Obama ter pedido o apoio do Congresso norte-americano no combate ao EI, numa declaração que não estabelece limites geográficos nem contempla operações terrestres e que deverá servir de base legal à ofensiva em curso.