Dois cemitérios cristãos, situados a uma distância de 800 quilómetros um do outro, foram vandalizados em França. Tanto no primeiro caso, em Tracy-sur-Mer, na Normandia, como no segundo, em Saint-Béat, Toulouse, os autores do crime ainda não foram encontrados. De acordo com o ministério do Interior francês, há casos de vandalismo detetados também em Challans e Issoudun, com a inscrição de suásticas.

O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, anunciou, esta quarta-feira à tarde, que 15 túmulos do cemitério de Saint-Béat foram profanados. Placas e cruzes foram quebradas.

Na terça-feira à noite, as autoridades encontraram várias dezenas de crucifixos arrancados em Tracy-sur-Mer, e alguns deles foram enterrados no chão em posição invertida.

O Presidente francês, François Hollande, condenou os atos de vandalismo em ambos os cemitétios. “Estes atos indignos comprometem os valores da nossa República. Todos os esforços serão feitos no sentido de identificar e punir os autores”, disse, em comunicado. O primeiro-ministro Manuel Valls também reagiu no Twitter. “Estes atos ignóbeis não ficarão impunes”, escreveu.

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Em Challans, a sul de Nantes, e em Issoudun, 300 quilómetros a leste de Nantes, várias suásticas foram gravadas, assim como as iniciais “FAF”, que podem querer dizer “França aos franceses”. Em declarações à imprensa, o presidente da câmara de Challans acredita que estes atos não estejam relacionados com o vandalismo nos cemitérios.

Estes atos acontecem menos de uma semana depois de cerca de 250 túmulos de um cemitério judeu em Sarre-Union terem sido vandalizados. De acordo com a France Presse, cinco jovens, todos entre os 15 e os 17 anos, originários da região e sem antecedentes criminais, foram detidos a acusados dos atos de vandalismo. Os cinco admitiram o crime, mas negam que os atos tenham sido motivados por antissemitismo.